Postado por M.V. Raquel Redaelli. Adaptado de ”O Paciente Felino”, terceira edição.
O Toxoplasma gondii é um protozoário que infecta a maioria dos animais de sangue quente, mas os felinos são os únicos hospedeiros definitivos (nos quais o ciclo se completa).
Os gatos se contaminam principalmente ingerindo cistos presentes na carne de hospedeiros intermediários (roedores, suínos, ovinos, caprinos, bovinos, eqüinos e aves), completando o ciclo e eliminando oocistos não esporulados nas fezes. Estes oocistos se tornarão infectantes após a esporulação, que ocorre após um a cinco dias em contato com o ambiente. Além disso, o gato elimina esses oocistos apenas uma vez na vida, durante uma a duas semanas. Após, ele se torna imune, e mesmo em casos de depressão muito intensa do sistema imune, nova eliminação de oocistos é muito rara, e se ocorrer, é de número quase insignificante.
A contaminação humana ocorre principalmente pela ingestão de água e alimentos contaminados e cistos na carne.
A maioria dos gatos infectados por T. gondii não apresentam sinais clínicos. Os órgãos comumente afetados são os pulmões, olhos e fígado, e os sintomas incluem anorexia, febre, letargia, pneumonia, icterícia, dor muscular, pancreatite e sinais neurológicos.
A confirmação do diagnóstico pode ser feita pela presença de anticorpos IgG no sangue, que confirma a exposição prévia ao T. gondii. A presença de anticorpos IgM ou grande aumento em IgG indica infecção ativa ou recente.
Para a prevenção da transmissão, basta higiene! Limpar a caixa de areia do gato diariamente, lavar sempre as mãos após manuseio, lavar bem as verduras e a carne de consumo e a oferecida aos gatos deve ser cozida em temperatura acima de 68ºC ou congelada a – 7ºC pelo tempo mínimo de 24 horas antes do consumo. O processo de salga e de cura da carne também elimina o risco. Pessoas imunologicamente comprometidas (gestantes, pacientes em quimioterapia e HIV positivos) devem ter ainda mais cuidado com os alimentos e evitar o contato com fezes de gatos soronegativos para T. gondii (que ainda tem risco de eliminação de oocistos).
Essa é uma das diversas campanhas educativas divulgadas pelo PEA – Projeto Esperança Animal.
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